ASSENTAMENTO I

A proposta da luta pela terra, nasceu das Comunidades Eclesiais de Base, visto que, no início da década de 80, o País era assolado por uma grave crise econômica, dessa forma, por causa do DESEMPREGO, os trabalhadores iniciaram um processo de mobilização, cuja solução foi o regresso ao campo, para plantar, produzir, gerar emprego e renda.
 Após ocupações de terras em Araraquara e Araras, o Assentamento de Sumaré-I foi constituído desde o ano de 1984, sendo um dos pioneiros do Estado de São Paulo e do País, bem como, em virtude da localização geopolítica o Assentamento tornou-se referência da luta pela terra por todo o território paulista, inclusive sempre incentivou a luta pela reforma agrária, tornando-se um pólo aglutinador de várias personalidades, organizações da sociedade civil, entidades sindicais e igrejas, motivo que influenciou a organização de vários outros assentamentos de todo o Estado de São Paulo.


 Considerando que o Assentamento Sumaré – I, encontra-se localizado numa importante região geopolítica com existência de diversas universidades e outras instituições de ensino com as quais se mantém relacionamento, uma das maiores preocupações é a defesa do meio ambiente, assim, há vários projetos ecológicos de proteção aos mananciais e reflorestamento.

A implantação do Assentamento fortaleceu a AGRICULTURA FAMILIAR no município de Sumaré, inclusive favorecendo a população urbana, a qual é a maior consumidora da saudável produção agropecuária.


Ao todo o projeto de Assentamento envolvem 03 (três) núcleos de famílias, totalizando 67 (sessenta e sete) famílias titulares de lotes agrícolas subdivididas em 26 (vinte seis) famílias na Área I, 26 (vinte seis) famílias na Área II e 15 (quinze) famílias na Área III.

Ressalte-se ainda que além das famílias titulares de lotes, existem várias outras famílias, principalmente ligadas por laços de parentesco, as quais também moram e trabalham no assentamento na condição de agregadas, o que soma um total de aproximadamente 850 (oitocentos e cinqüenta) pessoas, entre crianças, jovens, adultos e idosos, diga-se de passagem, todos sobrevivendo de forma direta ou indireta por meio das atividades agropecuárias.

Desta maneira, em que pese as dificuldades estruturais da agricultura, todas as famílias tem melhorado consideravelmente as condições de vida, vez que, todos possuem casa própria, pomares, criações de animais, salão comunitário, salão de armazenagem e oficinas, quase todos possuem automóveis, todas as crianças estão matriculadas nas escolas da cidade, de forma, que se pode assegurar a total viabilidade dos projetos de assentamentos.

Em virtude da luta histórica pela Reforma Agrária, os Assentamentos mantém inúmeros contatos estabelecidos em Sumaré e cidades circunvizinhas, tem sido um importante ponto de encontro e apoio às escolas, universidades, igrejas, sindicatos e ONGs, os quais utilizam-se da realidade fática do assentamento para desenvolverem pesquisas, levantamentos, questionários, elaboração de teses, estudos e  outros aspectos culturais.

Atualmente, os Assentamentos dedicam-se a fruticultura e horti-fruti, comercializando frutas climatizadas, verduras e legumes, ressaltando ainda, que há uma grande atividade de ARTESANATO das fibras de bananeiras, patrocinado por um grupo de mulheres.

No mês de julho de cada ano é celebrada a “FESTA DA MANDIOCA”, evento que conta com a efetiva participação de mais de 30.000 (trinta mil) pessoas, na qual participa quase todas as cidades da Região Metropolitana de Campinas.

Atualmente o maior desafio é transformar os ASSENTAMENTOS I, II. e III num POLO TURÍSTICO, nos quais os habitantes das cidades poderão desfrutar do MEIO AMBIENTE, DOS PROJETOS DE REFLORESTAMENTO DO HORTO FLORESTAL, DA PRODUÇÃO ORGÂNICA, DAS REPRESAS DE AGUAS CRISTALINAS, DOS PASSEIOS ECOLÓGICOS, DA MÚSICA E BAILÃO SERTANEJO, DAS COMIDAS TÍPICAS, DOS ARTESANATOS, enfim, DO  CHEIRO DA TERRA, DOS ANIMAIS E DAS PLANTAÇÕES.


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